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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Olé Açores! Tarde dura para os forcados e de êxito para cavaleiros (C/Fotos)





















Depois de uma noite com muita chuva, vento e um tempo pouco propício aos toiros o dia nasceu cinzento mas nem assim os açoreanos quiseram deixar de marcar presença na 2ª Corrida das Festas da  Graciosa 2012.

Cartel composto por João Moura, Tiago Pamplona e João Pamplona perante um curro de toiros de Rego Botelho, pegavam os Forcados Açoreanos da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e do Ramo Grande.
João Moura mostrou ontem toda a sua maestria na Graciosa, teve pela frente o pior lote de toda a corrida e não fosse toda a sua raça e experiência a tarde poderia ter sido complicada. 
No seu primeiro toiro, que não deu um passo e não investiu uma única vez nas montadas, soube tirar-lhe uma lide que este não tinha e por isso no final o público obrigou o cavaleiro a dar a volta satisfeito com o que viu perante tais condicionalismos.
No segundo que lhe coube em sorte, "um comboio" com patas, arriscaria peso próximo dos 600 Kg a coisa foi pouco diferente, o toiro a mansear tal como os irmãos de camada, (exepto o quinto da tarde) mas com os créditos que lhe são reconhecidos Moura lá deu a volta ao "Comboio" de tal forma que o público no final entusiasmado com a lide pediu mais dois ferros a que o Maestro respondeu com dois ferros de palmo. Meritória ovação e aplausos pela parte do público perante o desempenho de João Moura

Tiago Pamplona voltou a mostrar-se em bom plano, muito correcto nas duas lides teve um lote mais colaborador e aproveitou, o seu segundo toiro acabaria mesmo por ser o melhor toiro da corrida e único que investia repetidamente e que permitiu ao cavaleiro delinear uma brega templada que chegou muito ao público.
Mostrou-se maduro dentro de praça e com uma quadra bem preparada fruto com certeza de muito trabalho de casa.

João Pamplona teve em sorte dois toiros diferentes, o primeiro foi um manso perdido, com arreões extremamente perigosos sempre à procura de colher cavalo e cavaleiro para logo se refugiar em tábuas e preparar novo "ataque" ainda assim o mais jovem Pamplona teve enorme e saiu por cima do seu oponente.
No segundo do seu lote, um toiro que se deixava mais, o cavaleiro aproveitou da melhor forma, deixou bons ferros, com temple na preparação dos mesmos e com cravagens correctas que agradaram ao público presente, no final deu volta visivelmente satisfeito com a sua prestação.

No que respeita à forcadagem, ENORMES!

Os dois grupos de forcados açoreanos tiveram uma tarde duríssima pela frente com os toiros de Rego Botelho a mostrarem o seu "mau feitio" de princípio a fim, 6 toiros, 16 tentativas, com muito valor a não virarem costas à luta e a ganharem esta batalha perante as dificuldades que iam aparecendo de toiro em toiro. 

Os Rego Botelho tiveram comportamentos diferenciados, mas no geral foram pouco colaboradores, a mansearem (à exepção do 5º) a arrear forte e feio em tudo o que ia aparecendo pela frente, sobretudo se não fosse cavalo e com pesos pouco adequados para a praça em questão, o 4ª da tarde (a olho) pesava muito próximo dos 600 Kg.

Assim pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense pegaram:

Álvaro Dentinho - 2ª Tentativa
Décio Dias - 3ª Tentativa
Jorge Santos - 2ª Tentativa

Pelos Amadores do Ramo Grande:

César Pires à 2ª Tentativa a dobrar Miguel Pires 
Manuel Pires à 3ª Tentativa 
Alex Rocha à primeira Tentativa a dobrar Michael Machado que por sua vez foi dobrar Vitor Oliveira.

No final as marcas da "batalha" no físico da rapaziada, mas um excelente espírito guerreiro que ficou demonstrado numa tarde muito dura.

Fotos: António Santos
Texto:Redacção