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sábado, 12 de julho de 2014

Évora: Fados, "Núncios" e Moura (C/Fotos)

Francisco Núncio tem maneiras e segue uma linha clássica
António Núncio já se distancia um pouco da linha da casa. Um toureio diferente e desembaraçado
 João Moura reapareceu e triunfou. Paragem de dois meses não afectou prestação do toureiro
 António Telles vinha de três grandes êxitos. Em Évora as coisas não correram como desejava, muito por culpa do oponente
 Alegre, verdadeiro e clássico: Francisco Núncio!
Um dos bons momentos de Lupi que teve noite para esquecer...ou melhor, para recordar.


A história é simples de contar embora seja uma história com pormenores de interesse e de emoções fortes.
Esta sexta-feira, na Arena d´Évora, perante meia casa, foi prestada justa e merecida homenagem ao Califa, Mestre João Branco Núncio.
Do ponto de vista artístico gostamos das duas atuações dos bisnetos de Núncio, Francisco e António, revelando o primeiro o verdadeiro classicismo e o segundo um desembaraço cativante. Dois nomes a ter em conta e para seguir com atenção nos próximos tempos.
Durante a noite foram lidados dois novilhos e quatro toiros de Branco Núncio que cumpriram, tendo o último toiro da corrida regressado ao campo, pois saiu “em beleza” ao jovem Lupi que não o soube aproveitar.
Após a participação dos bisnetos do Califa no festejo, foi descerrada na praça uma placa invocativa da homenagem, com os familiares do Mestre (netos, bisnetos) a agradecer a toda a aficion a admiração que ainda nutrem por um homem que foi simplesmente diferente e revolucionou o toureio.
Na segunda metade do festejo as emoções voltaram a surgir. Após queda a cavalo que o afastou das arenas por um período de cerca de dois meses, apareceu em praça o génio de Monforte, João Moura.
Visivelmente emocionado, Moura brindou a sua atuação ao público, aos filhos João e Miguel e ainda à sua mulher, Filipa Telles de Carvalho e à sua filhota Madalena.
De lágrima no olho o maestro de Monforte reapareceu em forma e pronto para a luta. Esteve bem e
triunfou.
António Telles vinha de três triunfos: Évora ( da anterior corrida), Campo Pequeno e Vila Franca, mas na sua segunda passagem pela cidade museu as coisas não correram de feição graças ao jogo oferecido pelo toiro que se adiantava e dificultava as sortes ao toureiro da Torrinha.
Seguiu-se Francisco Núncio que esteve muito correto e deixou em Évora uma réplica do toureio praticado por seu avô. Uma lide limpa, comunicativa e de pormenores.
Fechou praça Manuel Lupi que perante o melhor da corrida apresentou montadas que não souberam dar resposta. Cavalos atravessados com direito a toques violentos originaram uma queda que, graças a Deus, não passou apenas de um valente susto. Tal como Telles, não deu volta no final da sua atuação.
No que diz respeito às pegas a noite foi tranquila. Pelos forcados de Évora pegaram Gonçalo Rovisco à segunda tentativa, depois, de cernelha, e ao primeiro João Madeira e Cláudio Carujo, tendo fechado para os da cidade museu Ricardo Sousa à terceira tentativa.
O Real Grupo de Forcados de Moura pegou dois toiros à primeira tentativa, através Xavier Cortegano e Cláudio Pereira, fechando Valter Carmo ao segundo intento.
Enquanto os campinos recolhiam a cavalo os toiros, cantou-se sempre e bem o fado. Dois Núncios nas guitarras (portuguesa), mais outros dois bons músicos acompanharam e bem Francisco Sobral que encantou tudo e todos com temas taurinos.
Durante a homenagem os presentes também tiveram o prazer e oportunidade de escutar o fado Mestre João Núncio. Bonito!
Dirigiu com acerto Agostinho Borges este festejo promovido pela Toiros e Tauromaquia de António Manuel Cardoso “Nené”.