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domingo, 27 de julho de 2014

Paulo Pereira despede-se de António Morgado com carta bastante emotiva


Paulo Pereira, grande aficionado e responsável pela área da imprensa da empresa do Campo Pequeno, escreveu há momentos na sua página pessoal do Facebook um texto de extrema importância e de amizade para António Morgado.
Com a devida vénia publicamos a emotiva carta:

“Amigo António Morgado;
Esta é a carta que nunca queria ter-lhe escrito. Ainda me custa a crer que não vou mais desfrutar da sua presença, da sua companhia amiga, da sua palavra de conforto nos momentos eu que eu quebrava. Porque é que estas coisas acontecem? …você faz-me lembrar o soneto de Camões: Alma minha gentil que te partiste/ tão cedo desta vida descontente/ repousa lá no céu eternamente/ e viva eu cá na terra sempre triste… Pois é amigo Morgado…você subiu
extemporaneamente ao assento etéreo…as boas recordações que todos temos de si não chegam para colmatar o que vamos sofrer com a sua ausência….E a sua ironia? E os seus silêncios sábios? E a sua modéstia? E a sua autenticidade como ser humano de eleição? Recordaremos sempre essa sua faceta, o seu culto pela perfeição, o culto pela exigência, pelo rigor que punha em tudo o que fazia na vida e, essencialmente, naquilo que era a sua grande paixão: o mundo da tauromaquia, o qual conheceu nas facetas de empresário, apoderado, vedor de toiros, mas, sobretudo, como aficionado sabedor, amigo dos toureiros e dos ganaderos, verdadeiro amante da festa pela qual nutria uma inexcedível paixão. Não mais esquecerei os detalhes, (os pequenos nadas de que a vida é feita) que você tinha frequentemente para comigo e para com a minha família…querendo saber da minha saúde e da dos meus, dos sucessos profissionais dos meus filhos com os quais você vibrava como se fossem os da sua própria filha. Amigo Morgado: queria dizer tanta coisa sobre duas décadas de amizade irrepreensível, mas não sou capaz…as ideias acorrem à minha mente em turbilhão e em turbilhão se afastam antes que eu as traduza em palavras…fica-me a saudade e a certeza de que em muitas decisões do meu dia-a-dia me debaterei com uma pequena pergunta íntima: “Como é que o Morgado resolveria isto?” Espero que o nosso Santo Onomástico, Santo António, (António para si, Fernando Bulhões para mim, que também sou Fernando) conduza a sua Alma à presença do Senhor para que você, meu amigo, encontre no Céu a Paz que não encontrou na Terra. Até sempre, AMIGO!”